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Em ritmo de axé, Vira-Lata vence como melhor bloco do fim de semana no Rio
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jussarasoares

Bloco Vira-Lata: 10 anos de axé no Carnaval carioca. Foto Divulgação

Bloco Vira-Lata: 10 anos de axé no Carnaval carioca. Foto Divulgação

No Rio de Janeiro, terra de samba, o axé levou a melhor.  Com 49% dos votos, o Bloco Vira-Lata, dedicado à música baiana, venceu a enquete do Blog do Bloco que perguntou aos foliões:  qual foi o melhor bloco do primeiro fim de semana (23 e 24 de janeiro) de Carnaval na cidade maravilhosa?

Ao todo foram, 58.425 votos.  A segunda colocação ficou com o bloco Estratégia, com 33% da preferência. Dez blocos foram pré-selecionados para participar da enquete.

O Vira-lata desfilou pela manhã último domingo, 24, na Praia de São Conrado, na Zona Sul, e atraiu, segundo estimativas da Polícia Militar, 40 mil pessoas em clima de micareta. “É muito legal vencer essa brincadeira. Mobilizamos as pessoas para votar”, diz o músico Rodrigo Neves, um dos fundadores.

Fundado em 2006, o bloco, que surgiu para proporcionar aos cariocas um pouco da experiência de Salvador,  contou, neste ano, com a participação do cantor baiano Durval Lelys, do Asa de Águia. “Queríamos dar esse presente para o público. Fomos o primeiro bloco temático, que fugiu da marchinha e do samba-enredo. Apesar do axé ter tido uma queda com ascensão do sertanejo, nós conseguimos que o bloco crescesse nesse período”,  diz Neves.

No repertório, tem Banda Eva, Banda Mel, Asa de Água, Chiclete com Banana,  além de É o Tchan, Tchakabum, Companhia do Pagode, entre outros.  “Somos a prova de quem as pessoas continuam curtindo axé e que há espaço para todos os blocos no Rio”, observa o músico.  Segundo ele, o desfile realizado duas semanas antes do Carnaval é uma maneira de deixar os foliões livres para ir para Salvador, na Bahia. “Quem sabe nos próximos dez a nos, a gente não consiga levar um pouco da pimenta carioca ao Carnaval baiano?”, diz.

Estratégia: música preta brasileira no repertório e 60 ritmistas. Foto: Lu Mattos/Divulgação

Estratégia: música preta brasileira no repertório e 60 ritmistas. Foto: Lu Mattos/Divulgação

Já o Estratégia, que  ficou em segundo lugar, traz um repertório recheado de Tim Maia, Jorge Ben, Wilson Simonal e outros símbolos da música preta brasileira.  O desfile parado ocorreu na Praça Tiradentes, no Centro, no fim da tarde de domingo, e reuniu cerca de 6 mil pessoas.

 

Confira o resultado:

  • 48980
  • true
  • http://carnaval.uol.com.br/2016/enquetes/2016/01/25/vote-no-melhor-bloco-carioca-do-fim-de-semana.js

 

 


Bloco Chinelo de Dedo leva roda de samba para o Carnaval de Rua do Rio
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jussarasoares

Chinelo de Dedo: roda de samba tem 50 percussionistas. Foto: Cris Vicente/Divulgação

Chinelo de Dedo: roda de samba tem 50 percussionistas. Foto: Cris Vicente/Divulgação

Em vez de foliões que seguem atrás de uma bateria, uma grande roda de samba formada por  percussionistas que se apresentam  sentados e pelo  público que acompanha de pé e, às vezes, na palma da mão. É esse o formato do Bloco Chinelo de Dedo, que faz o seu segundo desfile neste domingo (24), às 16h, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro, junto com o Bloco Estratégia, dedico a black music.

No repertório, apenas sambas clássicos, como os de Noel Rosa, Cartola, Candeia, Almir Guineto, Fundo de Quintal, entre outros.  Em 2016, o bloco,que em 2015 reverenciou as escolas de samba,  faz uma homenagem a Bahia e inclui canções como “Maracangalha” e “Samba da Minha Terra”, de Dorival Caymmi.

Criado em 2014 pelo músico Rodrigo Moreira, a ideia de fazer um bloco dedicado ao samba surgiu em meio à profusão de grupos temáticos, cujos repertórios estão recheados de música pop, rock e funk. Para ele, sambas e marchinhas perderam espaço na folia. “Os blocos acrescentaram outros ritmos, mas não podemos esquecer do samba que nos uniu. Antes de o Carnaval se transformar em balada, era samba”, diz Moreira.

Alunos tocam pandeiro, reco-reco e tantã. Foto: Cris Vicente/Divulgação

Alunos tocam pandeiro, reco-reco e tantã. Foto: Cris Vicente/Divulgação

Na oficina de percussão do Chinelo de Dedo, tamborim não tem vez. Os cerca de 50 ritmistas aprendem a tocar tantã, pandeiro, reco-reco e repique de mão. “Muitos são alunos que participaram de outros blocos e queriam aprender instrumentos que não existem nas demais baterias”, diz o mestre. As aulas acontecem às segundas-feiras no bar Carioca da Gema, na Lapa. As mensalidades custam R$ 140.

A roda de samba do Chinelo de Dedo se apresenta acompanhada violão, cavaco, flauta e sax. Os cantores são Cris Lopes e Anderson Vaz. Para Moreira, o formato não é apenas inovador no Carnaval de rua do Rio, mas pode ser um facilitador dos amores de Carnaval. “Já fui solteiro. Em bloco que anda, não dá tempo de conversar com a garota”, diverte-se.

Bloco Estratégia + Bloco Chinelo de Dedo
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 16h
Local: Praça Tiradentes – Centro – Rio de Janeiro
Gratuito


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