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Vila Madalena terá área de restrição e blocos terão de dispersar até 16h
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O bloco Pimentas do Reino é um dos 34 inscritos para desfilar na Vila Madalena. Foto: Reprodução

O bloco Pimentas do Reino é um dos 34 inscritos para desfilar na Vila Madalena. Foto: Reprodução

Com 355 blocos – 91 a mais do que em 2015, o Carnaval de Rua de São Paulo começa neste sábado, 30. Apenas neste primeiro fim de semana,  serão 139 grupos, incluindo aqueles que têm grande expectativa de público, como Bangalafumenga, Sargento Pimenta, Monobloco, Acadêmicos do Baixa Augusta e Bloco Bicho Maluco Beleza, de Alceu Valença.  Para evitar confusão nas ruas da Vila Madalena durante a madrugada, como brigas, consumo de drogas e sexo nas vias públicas como ocorreu no ano passado, a Prefeitura vai criar uma área de restrição e blocos terão que dispersar até às 16h.

O espaço a ser cercado  fica entre as ruas Aspicuelta, Fidalga, Wizard e Inácio Pereira da Rocha, onde apenas carros de moradores cadastrados poderão transitar. Todos os demais veículos terão a passagem bloqueada. No local, poderão entrar, por dia, apenas 15 mil foliões. Todos serão revistados e está proibida a entrada de garrafas de vidro e caixa de isopor com bebidas. Polícia Militar, Guarda Civil Metropolitana e segurança privada participam da ação.

Outra medida estipula que  blocos que saem neste trecho da Vila Madalena façam sua dispersão total até às 16h, horário em que a área de atenção especial começará a ser cercada. Os demais cordões de Pinheiros têm até 20h para terminar seu desfile.  As determinações do governo municipal foram anunciadas no início da tarde desta quinta (28) durante coletiva para a imprensa, na sede da Prefeitura, no Viaduto do Chá. “O problema da Vila Madalena no ano passado não foram os blocos, mas as pessoas que vinham de fora, com carro de som”, disse o secretário municipal de Cultura, Nabil Bonduki.

Ao todo, 69 blocos foram inscritos para desfilar na região da Subprefeitura de Pinheiros. Deste total, 34 percorrem as ruas da Vila Madalena.

Infraestrutura

Em 2016,  a cidade terá 170% mais banheiros públicos em relação ao ano anterior. Em 2015, foram 3000. Neste ano, são 8.108 unidades.  “Não será por falta de banheiro que a cidade ficará cheirando mal, mas é preciso mais cidadania, as pessoas precisam se disciplinar um pouco mais”, observou Bonduki. Em São Paulo, não existe legislação que pune quem for flagrado urinando nas ruas, como ocorre no Rio de Janeiro.

O efeito da equipe de limpeza também aumentou. Saltou de 1900 para 2100 agentes. Para atender a demanda dos blocos, foram contratadas 364 diárias de ambulâncias. Além disso, 100 agentes trabalharão nas ruas fiscalizando o cumprimento da Lei Cidade Limpa e coibindo ambulantes irregulares.

O Carnaval de Rua de São Paulo em 2016 receberá um investimento de 10, 5 milhões de reais, dos quais 3,5 milhões vêm do patrocínio do Amstel e Caixa. Em 2015, os gastos com a folia foram de 6 milhões.

A Prefeitura têm sido criticada pelo excesso de exigências aos blocos e pelas mudanças de última hora do trajeto de blocos. “Embora alguns blocos dizem que estamos burocratizando, mas estamos buscando o meio-termo. Estamos crescendo com organização e planejamento. Temos tudo para nos tornar o maior carnaval do Brasil”,  disse Bonduki.

 


Blocos do Campo de Marte vão para Avenida Tiradentes e São João
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Avenida Tiradentes receberá Bangalafumenga, Chega Mais e Sargento Pimenta Foto: Rogerio Cavalheiro/Estadão Conteúdo

Avenida Tiradentes receberá Bangalafumenga, Chega Mais e Sargento Pimenta no sábado (30)
Foto: Rogerio Cavalheiro/Estadão Conteúdo

Após a proibição dos desfiles de quatro blocos no Campo de Marte, a Prefeitura de São Paulo autorizou na tarde desta quarta (27) novos locais para a folia.

Bangalafumenga, Chega Mais e Sargento Pimenta, que sairão no sábado (30), vão percorrer a Avenida Tiradentes, na região da Luz. A concentração será a partir das 9h em frente à Pinacoteca. Já o Quizomba, que desfila no domingo, às 10h, terá a concentração no cruzamento das avenidas São João e Ipiranga, no Cento, e segue em direção a Duque de Caxias. A dispersão será na Praça Princesa Isabel.

A mudança do local foi proposta pela prefeitura após pressão da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, que alega que a multidão de foliões atrapalharia a agenda dos últimos ensaios técnicos no Sambódromo do Anhembi, bem como o transporte de carros alegóricos. Para o presidente da Liga, Paulo Sérgio Ferreira, o Campo de Marte foi sugerido aos blocos sem estudo.

Bangalafumenga, Sargento Pimenta, Chega Mais e Quizomba foram notificados da obrigatoriedade da mudança após uma reunião realizada na tarde de terça (26) . Os novos locais foram definidos depois que organizadores, CET e prefeitura realizaram vistorias em algumas vias.

Em nota, a Secretaria de Cultura informou que alteração se deve a questões operacionais, por conta do aumento de blocos, neste ano, em toda a cidade, especialmente neste primeiro final de semana (30 e 31 de janeiro). “Por este motivo, diversos novos bloqueios passaram a ser necessários e com isso a Avenida Santos Dumont terá um papel estratégico na logística de acesso ao Carnaval do Sambódromo.”

 

 


Campo de Marte foi sugerido aos blocos sem estudo, diz presidente da Liga
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Paulo Sérgio Ferreira, presidente da Liga; "Faltou organização." Foto: Robson Fernandes / LIGA SP /

Paulo Sérgio Ferreira, presidente da Liga; “Faltou organização.” Foto: Robson Fernandes / LIGA SP /

A proibição dos blocos na Avenida Santos Dumont, na região do Campo de Marte, na Zona Norte,  a três dias dos desfiles, colocou em lados opostos dirigentes de escolas de samba e organizadores de eventos do Carnaval de Rua. A interdição da via ocorreu após a pressão da Liga das Escolas de Samba, que realiza no Anhembi neste fim de semana, os últimos ensaios técnicos antes do Carnaval.

“Não sou contra os blocos, mas é preciso organização para realizar eventos deste porte”, critica o presidente da Liga, Paulo Sérgio Ferreira, o Serginho, que sugere vias, como as avenidas Jacu-Pêssego (Zona Leste) e Roberto Kennedy como alternativa para os blocos. “A prefeitura não fez um estudo do Campo de Marte. Os blocos são da Vila Madalena. Não podem pegar o problemas deles e jogar para mim.”

Bangalafumenga, Chega Mais, Sargento Pimenta e Quizomba têm desfiles programados para este fim de semana.  Nesta quarta (27), a prefeitura faz vistoria em vias que possam abrir os blocos. Entre as possibilidades, estão a Avenida Tiradentes e  Rio Branco, na região central, Dom Pedro I, na região Central, no Ipiranga. Até a Avenida 23 de Maio, que faz a ligação Leste-Oeste, chegou a ser cogitada.

No sábado, seis escolas farão ensaios técnicos. No  domingo, outras sete agremiações treinam para o desfile. Por dia, segundo estimativa da Liga, circularão pela região do Sambódromo 60 mil pessoas. “É uma estrutura de desfile”, observa. Além disso, acrescenta Serginho, durante o fim de semana as escolas farão o transporte de esculturas para terminar a montagem dos carros alegóricos no Anhembi. “A região do Campo de Marte é nosso trajeto.”

 

Leia a entrevista completa:

Blog do Bloco: Por que a Liga só pediu agora a  proibição de blocos na Avenida Santos Dumont?
Paulo Sérgio Ferreira:   Há muito tempo sabem da nossa programação, anunciaram os eventos nas redes sociais, mas não tinham a autorização. Desde de agosto, nossos ensaios técnicos estão marcados e as autoridades estão comunicadas desde novembro. Polícia, CET, Subprefeitura e Spturis, todas estavam cientes.  É o nosso teste final antes dos desfiles. Além disso, o transporte das esculturas das escolas de samba passa por aquela região no fim de semana. A região não tem infraestrutura para receber essa multidão.

Não é possível conciliar os blocos e os ensaios?
Os desfiles dos blocos no Campo de Marte inviabilizariam toda a Zona Norte. Por dia, já teremos 60 mil pessoas circulando pela região, o que complica o trânsito.  A programação dos blocos era na Vila Madalena. Não podem pegar os problema deles e jogar mim.  Os blocos têm outras alternativas que não atrapalham ninguém, como a Avenida Jacu-Pêssego ( Zona Leste), o Memorial da América Latina (Zona Oeste), a Avenida Roberto Kennedy, a Guarapiranga e o autódromo de Interlagos (Zona Sul).

A região do Campo de Marte foi uma sugestão da própria prefeitura para os blocos que tiveram que deixar a Avenida Sumaré. Faltou organização?
A prefeitura deu uma opção de local sem fazer um estudo. O Carnaval de Rua é organizado pela Secretaria de Cultura, os desfiles das escolas de samba pela Spturis. Faltou comunicação entre eles.  A Liga não é contra os blocos, mas são eventos grandiosos que não podem ser produzidos por aventureiros. Era preciso ter mais responsabilidade.

 


Blocos do fim de semana são proibidos de desfilar no Campo de Marte
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Desfiles de blocos coincidiriam com ensaios técnicos no Anhembi. Foto: Julien Perrenes/Divulgação

Desfiles de blocos coincidiriam com ensaios técnicos no Anhembi. Foto: Julien Perrenes/Divulgação

Às vésperas do início da programação oficial do Carnaval de Rua de São Paulo, quatro blocos  que têm desfiles marcados para sábado (30) e domingo (31) foram proibidos de sair na Avenida Santos Dumont, na região do  Campo de Marte, na Zona Norte.  A decisão foi tomada pela prefeitura após a intervenção da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, que alega que a multidão de foliões atrapalharia a agenda dos últimos ensaios técnicos no Sambódromo do Anhembi e o transporte de carros alegóricos.

Bangalafumenga, Sargento Pimenta, Chega Mais e Quizomba foram notificados da obrigatoriedade da mudança após uma reunião realizada na tarde de terça (26) .  Nesta quarta (27), organizadores, CET e prefeitura fazem vistorias em algumas vias para realocar os blocos.  Entre as possibilidades estudadas estão a Avenida Tiradentes, no Centro, e a Avenida 23 de Maio, que faz a ligação Leste-Oeste.

A região do Campo de Marte foi uma das alternativas dadas pela própria prefeitura após a Avenida Sumaré ter sido proibida para desfiles dos blocos.  Organizadores de bloco e Secretaria de Cultura, responsável pelo Carnaval de Rua, ainda não se pronunciaram.

 


Alessandra Negrini desfila como noiva em protesto ao Estatuto da Família
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Alessandra Negrini: rainha de bateria do Baixo Augusta desde 2013. Foto: Nelson Antoine/Folhapress

Alessandra Negrini: “Nunca me chamaram para escola de samba. Os  blocos me interessam mais”. Foto: Nelson Antoine/Folhapress

Em seu quarto ano como rainha de bateria do Acadêmicos do Baixo Augusta, a atriz Alessandra Negrini vai desfilar pelo centro de São Paulo no próximo domingo (31), às 14h, ‘vestida para casar’. A fantasia de noiva será uma homenagem a todas as formas de amor. Em 2016, o Baixo Augusta, que se apresenta como um bloco ativista, tem como tema “Família Augusta, de Todo Jeito nos Gusta” e protesta contra o Estatuto da Família – projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e quer definir como família apenas a união entre homem e mulher.

“O vestido de noiva é para simbolizar que todo mundo tem o direito de se casar com quem quiser. Estão tentando tirar os direitos civis de pessoas do mesmo sexo estabelecerem uma união. Estão nos bombardeando e vamos desfilar fazendo esse manifesto. Toda a forma de amor nos gusta”, diz a atriz. A fantasia ainda está sendo finalizada pela stylist do bloco, Flávia Brunetti.

Uma das primeiras artistas a participar dos blocos de São Paulo e uma das figuras mais fotografadas da festa popular, a atriz paulistana – acredite – nunca despertou o interesse de nenhuma escola de samba. “Nunca me chamaram”, conta. Mas ela confessa que prefere as ruas aos sambódromos.

“Não tenho essa vontade também. Tem que se preparar muito, aprender a sambar de verdade, malhar, estar magérrima. A ‘vibe’ do bloco é outra. É a diversidade, é ser feliz, ocupar as ruas. Isso me interessa mais”, explica a atriz. Alessandra admite já não fazer tanta questão de ‘pular Carnaval’, mas não abre mão de desfilar pelo bloco. “O Baixo Augusta é sagrado. Tenho muita afinidade. É um bloco ativista, paulistano e a favor da diversidade.”

Para a atriz, os blocos foram fundamentais para a retomadas dos espaços públicos. “A cidade estava triste, sem vida. E, agora, os paulistanos estão aprendendo a se divertir na rua também. E nós do Baixo Augusta, que é um bloco ativista, participamos dessa redescoberta.”

Fundado em 2009, o Baixo Augusta tem como presidente o apresentador e produtor Ale Youssef. O cantor Wilson Simoninha é o diretor musical. Para o desfile de 2016, a expectativa é atrair 120 mil pessoas.

Desfile do Acadêmicos do Baixo Augusta
Dia: 31 de janeiro – domingo
Horário: 14h
Local: Rua da Consolação, entre a Avenida Paulista e a Antônio Carlos.
Gratuito.


Para curtir a folia: app do UOL traz roteiro de 300 blocos no Rio e em SP
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O drama de todo folião, seja ele carioca ou paulistano, é se perder nos trajetos, datas e horários de saídas de seus blocos preferidos. Para facilitar a organização em período momesco, o UOL disponibiliza, para download grátis para iPhone e smartphones Android, o aplicativo CarnaUOL. O app funciona como um guia e traz informações com data, horário e local de cerca de 300 blocos do Rio e São Paulo.

Combinar com os amigos os blocos a se encontrar também ficou mais prático. O aplicativo permite que cada folião monte sua lista de blocos prediletos e compartilhe nas principais redes sociais.

Ah, e pode ficar tranquilo que o CarnaUOL avisa você dos horários de saídas dos seus blocos prediletos.

Para acompanhar informações sobre a festa, desde os seus preparativos, acompanhe a página do Carnaval 2016 do UOL. Notícias, fotos e vídeos do Rio, São Paulo, Salvador, Recife, Olinda, além de Paratay (RJ) e interior de Minas e São Paulo.

Para completar a diversão, no dia 5 de fevereiro, no Rio, tem CarnaUOL com Ludmilla, Thiago Martins e os blocos mais animados da cidade. Em São Paulo, o CarnaUOL reuniu, no dia 23 de janeiro, 11 mil foliões para ver Ivete Sangalo, Banda Eva e outras atrações.

 


Portões do Ibirapuera serão fechados durante passagem de blocos
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Alceu Valença canta sucessos como "Anunciação" e "Diabo Louro" no desfile no Ibirapuera, dia 30.

Alceu Valença canta sucessos como “Anunciação” e “Diabo Louro” no desfile no Ibirapuera, dia 30.

Durante os desfiles do Bloco Bicho Maluco Beleza, do cantor e compositor Alceu Valença, no sábado (30), e do Monobloco, no domingo (31), cinco portões de acesso ao Parque Ibirapuera serão fechados para evitar a entrada de foliões na área de preservação. A decisão de fechamento foi tomada entre os gestores do parque e os produtores dos eventos.

Na Avenida Pedro Álvares Cabral, onde ocorrerão os desfiles, serão bloqueados os portões 2, 3,9 e 10.  Já na Avenida República do Líbano, o acesso 9A será interdidado.

O Bloco do Alceu Valença, que tem concentração às 11h e término previsto para 16, espera um público é de 35 mil pessoas. A expectativa do Monobloco, que concentra à 10h e dispersa às 15h, é reunir 60 mil foliões. Ambos saem do Monumento às Bandeiras e seguem em direção ao Obelisco.

Outra medida que está sendo tomada pela produção dos blocos é cercar monumentos e áreas verdes, tanto do lado do parque quanto no canteiro central. “Temos uma preocupação enorme com a preservação, tanto que esse é o tema do Monobloco”, diz  o produtor Rogério Oliveira, da Pipoca.Co, responsável pela produção do Monobloco e do bloco do Alceu Valença.

Na última semana, as preocupações em torno da segurança dos desfiles aumentaram após o registro de dois estupros dentro da área do Parque Ibirapuera.  “Não vejo uma relação direta entre o que ocorreu dentro do parque e os desfiles dos blocos. É claro que é necessário um super policiamento dentro do Ibirapuera sempre. Mas, nos dias dos desfiles, além dos portões estarem fechados, teremos segurança particular”, acrescenta Rogério Oliveira, que é produtor de blocos de Carnaval há cinco anos.

No Bloco do Alceu Valença, o efetivo da segurança é de 45 pessoas, enquanto no Monobloco serão 60 homens. Nos dois dias haverá revista na área do desfile. “Será um esquema de evento fechado em um bloco gratuito e em uma área pública”, afirma Oliveira. A produção ainda contará com seis bombeiros civis e oito salva-vidas.

A previsão dos organizadores é que no máximo uma hora após o término do desfile as vias comecem a ser liberadas para o trânsito.  “Até duas horas depois, todas estarão limpas e liberadas”, garante o produtor.  A equipe de limpeza após o desfile é de 90 pessoas para o bloco do Alceu Valença, e 120 para o Monobloco.  Durante a passagem dos cordões, também haverá recolhimento de lixo.

“Sabemos que Carnaval não é unânime, mas conversamos com moradores e associações e expusemos nosso plano de ação. Não há ninguém mais preocupado em fazer um desfile sem problemas do que a gente”, diz Oliveira.

 


Bloco Chinelo de Dedo leva roda de samba para o Carnaval de Rua do Rio
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Chinelo de Dedo: roda de samba tem 50 percussionistas. Foto: Cris Vicente/Divulgação

Chinelo de Dedo: roda de samba tem 50 percussionistas. Foto: Cris Vicente/Divulgação

Em vez de foliões que seguem atrás de uma bateria, uma grande roda de samba formada por  percussionistas que se apresentam  sentados e pelo  público que acompanha de pé e, às vezes, na palma da mão. É esse o formato do Bloco Chinelo de Dedo, que faz o seu segundo desfile neste domingo (24), às 16h, na Praça Tiradentes, no Centro do Rio de Janeiro, junto com o Bloco Estratégia, dedico a black music.

No repertório, apenas sambas clássicos, como os de Noel Rosa, Cartola, Candeia, Almir Guineto, Fundo de Quintal, entre outros.  Em 2016, o bloco,que em 2015 reverenciou as escolas de samba,  faz uma homenagem a Bahia e inclui canções como “Maracangalha” e “Samba da Minha Terra”, de Dorival Caymmi.

Criado em 2014 pelo músico Rodrigo Moreira, a ideia de fazer um bloco dedicado ao samba surgiu em meio à profusão de grupos temáticos, cujos repertórios estão recheados de música pop, rock e funk. Para ele, sambas e marchinhas perderam espaço na folia. “Os blocos acrescentaram outros ritmos, mas não podemos esquecer do samba que nos uniu. Antes de o Carnaval se transformar em balada, era samba”, diz Moreira.

Alunos tocam pandeiro, reco-reco e tantã. Foto: Cris Vicente/Divulgação

Alunos tocam pandeiro, reco-reco e tantã. Foto: Cris Vicente/Divulgação

Na oficina de percussão do Chinelo de Dedo, tamborim não tem vez. Os cerca de 50 ritmistas aprendem a tocar tantã, pandeiro, reco-reco e repique de mão. “Muitos são alunos que participaram de outros blocos e queriam aprender instrumentos que não existem nas demais baterias”, diz o mestre. As aulas acontecem às segundas-feiras no bar Carioca da Gema, na Lapa. As mensalidades custam R$ 140.

A roda de samba do Chinelo de Dedo se apresenta acompanhada violão, cavaco, flauta e sax. Os cantores são Cris Lopes e Anderson Vaz. Para Moreira, o formato não é apenas inovador no Carnaval de rua do Rio, mas pode ser um facilitador dos amores de Carnaval. “Já fui solteiro. Em bloco que anda, não dá tempo de conversar com a garota”, diverte-se.

Bloco Estratégia + Bloco Chinelo de Dedo
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 16h
Local: Praça Tiradentes – Centro – Rio de Janeiro
Gratuito


Do escritório para o trio elétrico: blocos transformam anônimos em artistas
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Celso Chagas: no trabalho, é jornalista, no Carnaval é o Coringa. Foto: PH Noronha/Divulgação

Celso Chagas: no trabalho, é jornalista, no Carnaval é o Coringa. Foto: Alexandre  Tavares/Divulgação

Durante o ano inteiro, em horário comercial, o jornalista  Celso Chagas, de 41 anos, se veste de acordo com as expectativas do trabalho na área de comunicação externa na Confederação Nacional do Comércio, no Rio de Janeiro. Em reuniões, não dispensa o terno completo.  Neste sábado (23), porém, a formalidade será deixada de lado. As cores sóbrias dos trajes cedem espaço para o roxo. O cabelo ganha tinta verde e, em quarenta minutos de maquiagem, se transformará no Coringa,  o vilão do Batman e um dos vocalistas do bloco Desliga da Justiça, que se concentra a partir das 9h, na Praça Santos Dumont, no Baixo Gávea, na Zona Sul carioca.

As caras e bocas, potencializadas pelo make-up artístico, fazem do jornalista um dos personagens mais fotografados do Carnaval carioca. “O Coringa ganha uma projeção muito grande. É uma diversão”, diz Celso, que desde 2009, quando o Desliga foi fundado,  concilia a jornada dupla de escritório e palco. No bloco, seus colegas de trabalho, como a cantora Joana Rychter e os cerca de 80 ritmistas, também se apresentam caracterizados de heróis e vilões.

Em São Paulo, Camila Rondon, de 36 anos,  diretora de comunicação corporativa, também concilia a rotina de escritório com vida de artista de Carnaval. O vozeirão a colocou em cima de um trio elétrico, em 2014, e de lá  ela não saiu mais. Discreta no trabalho, se solta no palco como a vocalista do Chega Mais, bloco cujo repertório e fantasias são dedicados aos Anos 80. Em 2015, desfilou de Chiquinha, a personagem do seriado mexicano “Chaves”.  Em 2016, vai encarnar “Elvira, Rainha das Trevas”, personagem-título do filme de 1988.  “Eu realmente me preparei para isso. Quando reunimos os amigos, só falamos das nossas fantasias. É engraçado”

Camila Rondon, do Chega Mais: usa sobrenome diferente no trabalho para evitar ser reconhecida. Foto: reprodução

Camila Rondon, do Chega Mais: sobrenome diferente no trabalho para não ser reconhecida. Foto: reprodução

 

No trabalho, a versão Coringa de Celso não é um segredo. Aliás, ele aproveitou o envolvimento com a música para montar uma banda com os colegas.  Já Camila prefere evitar o assunto. “Trabalho 12 horas por dia. Isso é o meu lazer. Tem gente que joga vôlei, eu canto em bloco” argumenta.  Para não ser reconhecida no mundo corporativo como cantora de Carnaval, ela até usa profissionalmente o seu outro sobrenome (que, obviamente,  pede para não ser divulgado). “Mas já aconteceu de um cliente dizer que me viu cantando vestida de Chiquinha. Morri de vergonha”, confessa a cantora, que é comparada à Ivete Sangalo pelos amigos. Nas redes sociais, eles usam a hashtag #muitomelhorqueivete.

Tanto Celso como Camila são fãs de Carnaval desde criança, mas só após os 30 passaram a participar da festa. Ele, apesar de portelense e nascido em Madureira, tinha uma banda de rock e blues na adolescência. Ela, que sempre virou a noite assistindo pela TV aos desfiles das escolas de samba,  cantava o jazz e MPB.   Ambos só entraram em contato com o universo dos blocos ao ingressarem na oficina de percussão do Quizomba. Ele, em 2007,  aprendendo surdo no Rio de Janeiro. Ela, em 2013, estudando tamborim em São Paulo.

“Durante a oficina, conheci muitos músicos e passei a cantar na roda de samba dos amigos de modo descompromissado”, conta Celso Chagas, que chegou a se apresentar como cantor no Quizomba.  A primeira experiência de Camila junto com uma bateria ocorreu no  show de lançamento de seu cd, no Tom Jazz, em 2013. “Foi um evento para 200 amigos e cantei um samba com a bateria do Quizomba.”

Daí para se tornarem cantores oficiais de um bloco, bastou os amigos criarem um grupo e os convidarem para assumir o microfone. “O que a gente ganha no Desliga é muito mais do que dinheiro. Tudo o que fazemos é por amor”, diz Celso, que reserva os sábados para os ensaios com o bloco. “Tenho saudade de cantar MPB e jazz, mas bloco é muito leve. Vou para os ensaios encontrar meus amigos e me divertir”, afirma Camila.

Fundado no fim de 2013, o Chega Mais desfila neste Carnaval no dia 30 de Janeiro, por volta das 13h, na Avenida Santos Dumont, no intervalo das apresentações de Bangalafumenga e Sargento Pimenta.  “Sempre cantei para meus amigos, mas cantar para uma multidão, sempre dá um frio na barriga”

 


Aniversário de SP vira Carnaval com Preta Gil, Daniela Mercury e blocos
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Baile da Preta Gil acontece nesta sexta (22), no Audio Club. Foto: Claudio Andrade/ Photo Rio News

Baile da Preta Gil acontece nesta sexta (22), no Audio Club. Foto: Claudio Andrade/ Photo Rio News

O feriado prologando do  aniversário de 462 anos de São Paulo, comemorado no segunda,  25 de janeiro, terá clima de Carnaval.  No calendário oficial da prefeitura, os desfiles começam apenas a partir do dia 30,  mas já neste fim de semana não faltam festas e ensaios de blocos em espaços fechados e ao ar livre

A sequência de festas pré-carnavalescas começa nesta sexta (22)  com o Baile do Bloco da Preta, da cantora Preta Gil, no Audio Club, a partir das 23h. O maior evento, no entanto, é o show da cantora baiana Daniela Mercury, no domingo (24).  Organizado pelo Secretaria Municipal de Cultura como uma das atrações da comemoração do aniversário da cidade, o trio elétrico percorrerá a Avenida Faria Lima, a partir do número 1635. A concentração é às 15h30.

Daniela Mercury comanda a festa na Avenida Faria Lima, no domingo (24). Foto: Divulgação

Daniela Mercury comanda a festa na Avenida Faria Lima, no domingo (24). Foto: Divulgação

 

Também no domingo (24) e em clima de “parabéns para São Paulo”,  o Bloco Bastardo fará um passeio carnavalesco pela Avenida Paulista.  A partir das 13h, integrantes do bloco se encontram na Praça do Ciclista e saem em cortejo, atrás de um pequeno carro de som de tração manual. “A ideia é dar nosso grito de Carnaval e fazer um brinde a São Paulo”, diz Pablo Souza, diretor de harmonia do bloco.  “Vamos aproveitar a Paulista Aberta, que têm vários shows e manifestações, e fazer um pequeno cortejo. Vamos somar às atividades que já existem lá”, diz Pablo de Sousa, diretor de harmonia.

O Bloco Me Lembra, que estreia no Carnaval em 2016, faz ensaio na Vila Madalena. Foto: divulgação

O Bloco Me Lembra, que estreia no Carnaval em 2016, faz ensaio na Vila Madalena. Foto: divulgação

Já o Acadêmicos do Baixo Augusta dá o seu Grito de Carnaval, a partir das 16h, no Mirante 9 de Julho. Haverá apresentação da bateria e um show com Simoninha. A entrada é gratuita, mas o espaço é sujeito à lotação máxima. Já na Vila Madalena, o bloco Me Lembra que Eu Vou, comandado pela mestre Silvanny Rodrigues, se apresenta, a partir das 18h. na Vila Seu Justino.

 

Abaixo confira as principais atrações para o fim de semana:

Baile do Bloco da Preta
Dia: 22 de janeiro – sexta-feira
Horário: 23h
Local: Audio Club – Avenida Francisco Matarazzo, 694
Ingressos: de R$60 a R$ 80. Vendas antecipadas pela internet.

Carnaval da Muda com Nômade Orquestra e DJ Rodrigo Bento, da Festa Pilantragi
Dia: 22 de Janeiro – sexta-feira
Horário: 23h
Local: Estúdio – Avenida Pedroso de Morais, 1036 – Pinheiros
Ingressos: R$ 5 (1° lote) e R$ 15 (2° lote)

Ensaio do Bloco Pimentas do Reino
Dia: 23 de janeiro – sábado
Horário: 14h
Local: Jongo Reverendo – Rua Inácio Pereira da Rocha, 170 – Vila Madalena
Gratuito

Ensaio do Confraria do Pasmado
Dia: 23 de janeiro – sábado
Horário: 14h
Local: Lapa 40 Graus- Rua Inácio Pereira da Rocha, 520 – Vila Madalena.
Ingressos: 20 reais

Baile do Red Bull Studios Repique
Apresentação dos blocos Nu Vuco Vuco, Casa Comigo, Agora Vai, Jegue Elétrico, Ilú Obá de Min e Confraria do Pasmado.
Dia: 23 de janeiro – sábado
Horário: 21h
Local: Praça Dom José Gaspar,  República
Gratuito

Daniela Mercury no Aniversário de São Paulo
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 15h30
Local: Avenida Faria Lima, na altura do 1635 – Pinheiros
Gratuito

Bloco Bastardo na Avenida Paulista
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 13h
Local: Praça do Ciclista (concentração)
Gratuito

Bloco Agora Vai – Programação do Aniversário de São Paulo
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 15h
Local: Rua Prof. Onésimo Silveira – entre a Av. Amador Aguiar e Rua Jairo Almeida Machado – Pirituba
Gratuito

Bloco Fervo da Vila – Programação do Aniversário de São Paulo
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 15h
Local: Av. Barão de Alagoas – entre Av. Marechal Tito e Rua Prof. Zeferino Ferraz –  Itaim Paulista
Gratuito

Ensaio-Esquenta Bloco Virgens do Minhocão
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 16h
Local: Elevado Costa e Silva (Minhocão) – Santa Cecília
Gratuito

Grito de Carnaval dos Acadêmicos do Baixo Augusta
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 16h
Local: Mirante 9 de Julho – Rua Carlos Comenale, s/n° – Bela Vista
Gratuito

Esquenta de Carnaval do Bloco NossaCasa
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 16h
Local: Nossacasa Confraria das Ideias – Rua Mourato Coelho, 1032 – Vila Madalena
Ingressos: de R$ 15 a R$ 20

Ensaio do Bloco Me Lembra que eu Vou 
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 18h
Local: Vila Seu Justino – Rua Harmonia, 77 – Vila Madalena
Ingressos: R$ 15 (mulheres) e R$ 25 (homens)

Ensaio do Bloco Domingo Ela Não Vai
Dia: 24 de janeiro – domingo
Horário: 19h
Local: Jongo Reverendo – Rua Inácio Pereira da Rocha, 171 – Vila Madalena
Ingressos: R$ 30 (R$ 20 são revertidos em consumação)

Bloco Fervo da Vila – Programação do Aniversário de São Paulo
Dia: 25 de janeiro – segunda-feira
Horário: 12h
Local: Av. Luiz Gushiken – entre as ruas Frederico Grotte e José Barros – M’Boi Mirim
Gratuito